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Conflitos existem, sejam no âmbito profissional, com os colaboradores da empresa, ou no âmbito pessoal, com família e amigos.

Entretanto, o que acontece quando juntamos ambas frentes, pessoal e profissional, como em empresas familiares?

Empresas familiares são pautadas por emoções e passionalidades, em um ambiente em que normalmente proximidade e intimidade sobrepõem-se à razão, transformando o clima empresarial familiar propício a conflitos e crises.

São muitos os motivos que levam a conflitos internos em uma empresa familiar, entre alguns deles: divergência de ideias (principalmente entre gerações), especulações de favoritismo, ciúmes em relação a cargos de membros familiares, ou até mesmo disputa por dinheiro.

Estes posicionamentos acabam gerando consequências adversas, especialmente quando decisões complexas precisam ser tomadas, sejam pelos patriarcas, pelos proprietários, ou mesmo, por aqueles que ocupam cargos de Diretoria.

Diante desse cenário, a gestão empresarial é imprescindível para ir além de solucionar os conflitos, evitando até mesmo que eles ocorram.

A continuidade ou o desaparecimento de uma empresa pode estar associada à velocidade de crescimento do número de membros familiares.

O principal desafio é enfrentar e gerenciar com inteligência os obstáculos e conflitos encontrados.

O caminho é aproveitar as oportunidades de desenvolvimento, principalmente com a criação de um ambiente profissional positivo, cooperativo e saudável, no qual os interesses pessoais passam a dar lugar aos interesses e necessidades coletivas da família e da empresa.

Principais conflitos encontrados em empresas familiares, sejam elas urbanas ou rurais:

  • Rivalidade entre membros;
  • Nepotismo;
  • Embate de Egos;
  • Filhos que não se interessam pela empresa ou pela atividade rural, e a insistência dos pais;
  • Falta de valorização do profissional, seja ele membro ou não da família;
  • Opiniões externas de membros familiares que não estão na empresa ou na fazenda;
  • Envolvimento de cônjuges que não atuam na empresa – urbana ou rural – em temas e assuntos referentes aos negócios;
  • Gerações mais antigas que barram ideias de inovação das gerações mais novas;
  • Parentes que trabalham na empresa por grau de parentesco e não por suas competências;
  • Divergências na escolha sobre quem deverá tocar os negócios adiante, seja urbano ou rural.

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Como resolver conflitos nessas empresas

A solução de grande parte dos conflitos internos pode ser resolvida apenas com o diálogo entre os membros familiares – se o ponto central se referir a relacionamentos -, entre proprietários – caso se refira a questões patrimoniais -, ou entre gestores familiares e não familiares – quando a necessidade seja de gestão e/ou sobre a atividade empresarial.

Entretanto, como o ambiente já está tomado de emoções e passionalidade, muitas vezes, apenas conversas não são suficientes.

É necessário ter uma melhoria na comunicação entre os membros.

O aperfeiçoamento da comunicação prepara a família para colocar a racionalidade em primeiro plano, evitando passionalidades, o que resulta em mais disposição para ouvir opiniões diferentes e priorizar os interesses coletivos.

Além de melhorias na comunicação existem outras alternativas para a gestão de conflitos em empresas familiares:

  • Contratação de mediadores de conflitos;
  • Análise de diagnósticos periódicos da origem dos conflitos;
  • Separação das duas frentes principais: família e empresas;
  • Definição das atribuições de cada membro familiar na empresa ou na atividade rural;
  • Exigir comportamento profissional dos familiares.

Entretanto, a forma mais eficiente de solucionar questões internas é discutir e implementar boas práticas de Governança nas empresas de controle familiar.

Um estudo da PwC e IBGE (2018) mostrou que 90% das empresas familiares já abordaram o tema da governança empresarial, entretanto, de nada adianta olhar apenas para a governança empresarial e não cuidar do ambiente familiar.

Governança não é somente um conjunto de regras de organização e estruturação da empresa.

Especialmente a Governança Familiar é também uma forma de oportunizar as famílias empresárias a resgatar seus valores.

Dentro do sistema de Governança existe o Protocolo Familiar Empresarial, um documento personalizado com efeitos de contrato, isto é, um acordo de regras e normas que determinam a relação familiar dentro da empresa.

O Protocolo Empresarial Familiar irá formalizar os valores e os princípios norteadores da família, além de definir diretrizes e condutas que deverão ser empregadas pelos membros familiares e também pelos não familiares que trabalham na empresa.

Tem como finalidade principal manter os ambientes profissional e familiar saudáveis e proporcionar a continuidade da empresa.

Além disso, o Protocolo é uma ferramenta essencial para apoiar o desenvolvimento pessoal e profissional de familiares que possuem alguma relação com a empresa.

É também um instrumento fundamental para qualquer tipo de relação comercial (fornecimento de produtos, prestação de serviços, etc.) que venha a se estabelecer entre um integrante da família junto à atividade empresarial do grupo familiar.

Após dezoito anos de estudos e trabalhos junto a empresas de controle familiar, é possível comprovar que o Protocolo Empresarial Familiar é a forma mais efetiva de evitar conflitos internos contraproducentes, contribuir para a construção de relações familiares e empresariais saudáveis e garantir a continuidade dos negócios.

Com isso, as necessidades e expectativas familiares e empresariais estarão alinhadas e coordenadas, principalmente no processo de transição de gerações.

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