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A preocupação com o futuro, tanto da família quanto do negócio, é compreensível e legítima.

Ainda mais quando se trata de empresas familiares.

No que se refere especificamente à família, as preocupações recaem sobre a qualidade das relações, a quantidade de membros, os números de casamentos, partidas e chegadas de novos membros, e ainda, a qualidade do ambiente (interno e externo) em que se estará vivendo.

Em relação à empresa ou aos negócios, olhar para o horizonte exige um grau de profissionalismo, planejamento e uma dose de pragmatismo, desde que a intenção seja a continuidade ou preservação do que foi conquistado até o momento.

Inegavelmente alguns fatos e acontecimentos externos, os quais não se tem muito controle, poderão alterar os planos. Ainda assim, espera-se que essas transformações sejam de forma contributiva e não desagregadora.

Entre a Família e a Empresa há um outro espaço ou campo, considerado fundamental para o desenvolvimento de ambos: é o que habita a intersecção Família – Empresa.

Em outras palavras, neste espaço está a forma com que a Família e seus integrantes se relacionam com seus negócios e, ao mesmo tempo, as influências causadas pelo desenvolvimento empresarial no ambiente familiar.

Um componente que poderá vir a determinar a qualidade deste relacionamento e das práticas entre Família e Empresa está relacionado aos valores – individuais e coletivos – expressados por meio de práticas, seja no ambiente familiar, seja no empresarial.

São esses valores que irão possibilitar o encontro e a integração dos aspectos emocionais de uma família com o pragmatismo do mundo dos negócios. Isso deve ocorrer de forma inteligente e saudável.

Em uma conferência promovida pela HSM no Brasil (2016), o professor John Davis, ao debater sobre empresas familiares de alta performance, afirmou que empresas familiares que sejam capazes de criar, gerar e entregar valores contribuem de forma relevante para alcançar um grau elevado de desempenho.

No entanto, quais valores seriam estes?

Uma pesquisa da PWC (2016) realizada com herdeiros e sucessores de diferentes países apontou que 92% dos líderes brasileiros das gerações seguintes querem deixar a sua marca e fazer algo especial com a empresa.

Parece que neste caso, o reconhecimento surge como um valor considerável e que poderia estar no topo da hierarquia.

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As famílias empresárias, cada vez mais, devem assumir o protagonismo da sua própria história.

Fazendo uma alusão a uma peça de teatro: se não se pode ter controle sobre o enredo – pois está sujeito ao curso natural da vida, de onde se tem pouco comando – que possa encarregar-se da direção da peça.

Neste caso, assumir o protagonismo implica em estabelecer uma sólida hierarquia de valores consistentes, com propósitos apropriados, em que todos se reconheçam e sintam-se refletidos por eles.

Isto é, como refere Ivan Lansberg (2015), os valores e propósitos devem possuir as mesmas perspectivas, objetivos comuns e habilidades complementares.

Viktor Frankl, citado por Tejon na sua obra “Guerreiros não nascem prontos”, sugere que “se tivermos um bom por que viver, encontraremos o como viver”.

Esta frase demonstra a importância dos valores para a continuidade.

Há muito a ser feito em termos de desenvolvimento, fortalecimento e propagação do que realmente faz sentido para uma família empresária.

Se trata de um processo de educação.

O primeiro passo, como aponta Viktor Frankl, está em todos os envolvidos terem lucidez sobre os porquês e a forma de como querem viver.

O passo seguinte está inserido em contextos de crise, o que, para uma família empresária, é algo presente e corriqueiro.

Este refere-se a de que forma as famílias empresárias poderão se organizar e agir.

Para esta questão, o professor John Davis reforça a ideia de que uma crise deve ser encarada com senso de generosidade, em que todos possam se unir em torno de um propósito e com otimismo.

Chegamos ao final destas considerações com ao menos três valores a serem destacados: reconhecimento, união e generosidade.

Poderíamos incluir ainda a educação como meio para o desenvolvimento, a ampliação e a disseminação, tanto na família quanto na empresa, daquilo que realmente dá e faz sentido, refletindo de que forma se deseja atingir os objetivos.

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